sexta-feira, 27 de junho de 2014

Nem Black nem Bloc

Aniversário

Há um ano os brasileiros - trabalhadores e pagadores de impostos - perderam a liberdade de ir e vir nas grandes cidades por causa de manifestações de grupos (bem) organizados e profissionais da baderna.

Dá-lhe Copa

A Copa do Mundo, contra todas os prognósticos pessimistas, resgatou esse nosso direito, sequestrado e mantido em cativeiro, por 12 meses.

Sem justificativa

Uma coisa não justifica a outra! Concordo que houve e haverá muita coisa a ser discutida com relação a Copa no Brasil, porém a alegria do povo brasileiro somada a euforia dos estrangeiros que vieram para o evento, abafou de vez essa coisa chata que é o apoio à marchas progressistas.

Nem Black

Parece que os Black Blocs e outros manifestantes profissionais também gostam de futebol! Concluo dessa forma pois, se eles não trabalham, não estudam, têm tempo para importunar a vida de uma cidade inteira e estão sumidos, creio que estão no sofá de casa torcendo por alguma seleção e contra os EUA, esse país malvado!

Nem Bloc

O bloco da folia dos torcedores do mundo inteiro atropelou nossos amigos que são e serão para sempre incapazes de entender o que é uma democracia e preferem tapar o rosto para destruir o que eles jamais terão capacidade de construir.

Por Marcelo Di Giuseppe

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Contra tudo e contra todos

Minas Gerais

Desde a redemocratização do País, nenhum Presidente da República foi eleito sendo derrotado no Estado de Minas Gerais. Sim, isso não é suposição, é história.
Dilma Rousseff que vem tendo o seu governo a cada pesquisa mais mal avaliado, certamente terá problemas para vencer no estado de Tancredo Neves o seu neto, Aécio.
A derrota nesse Estado é eminente.

Abaixo dos 34%

Em nenhuma reeleição ou eleição de sucessores da situação houve vitória quando o governo do momento tivesse com a aprovação, isto é, soma de ótimo e bom, abaixo de 34%.
Conforme a última pesquisa Ibope, o governo Dilma chegou ao patamar de 31%! E poderá cair ainda mais!

Mercado Financeiro

Nenhum Presidente venceu sem ter a benção do mercado financeiro. Lula em 2002 ao reconhecer esse poder invisível fez questão de lançar a Carta ao Povo Brasileiro e convenceu o mercado de que ele seria uma boa opção.
Dilma sofre ao ver que sua aprovação é diametralmente desproporcional a bolsa de valores de São Paulo.

Se der...

Se Dilma vencer, portanto, será o mais duro golpe no pragmatismo das eleições.

Por Marcelo Di Giuseppe

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Individualismo Coletivista

O povo brasileiro já foi consagrado como cordial, simpático e outros tantos adjetivos positivos. Hoje em dia parece que essa roupagem internacional já não existe mais.
A irmã do craque Cristiano Ronaldo diz que por conhecer o Brasil e sua violência, preferiu ficar na Ilha da Madeira para assistir a Copa pela televisão.
Isso seria uma exceção? Não! Podemos também dizer que algumas pessoas vão encarar os possíveis perigos de chegar aos estádios e quem sabe sair às compras nas cidades sede. Não são heróis, mas amantes do futebol e por ele arriscaria-se por alguns dias em nosso país.
A amistosidade brasileira não é mais vista como um ativo nosso, mas como uma imagem de retrato criada em função de nosso passado - miscigenado e receptivo - e que hoje passa por grandes transformações em direção ao fundo do poço.
O egoísmo, que prefiro chamar de individualismo, é cada vez mais latente em nossa sociedade.
Peguemos o nosso trânsito como exemplo: o motorista preocupado com o horário DELE passa a toda no farol vermelho; o pedestre que pensa ter sempre razão pisa com o SEU pé na faixa e acha que o carro que está em grande velocidade deve brecar; o ciclista - mais uma minoria entre tantas em nosso país - anda na contramão justificando que o governo ainda não fez a SUA ciclovia; o motorista do ônibus que passa pelo ponto sem parar, porque não quer pegar mais um velhinho em SEU coletivo; e por ai vai.
E no supermercado? Isso muda? Claro que não! Aquela vaga que você avistou, outra pessoa corta na contramão e coloca o carro, aciona o alarme e corre para dentro do estabelecimento. Por quê? ELE está com pressa.
Essas atitudes vem aumentando e marcando ainda mais a personalidade dessa população, sem diferença de gênero, cor, raça, religião ou renda.
Como diria o velho mestre: O mundo é dos espertos! E, ser esperto no Brasil, é pensar em si próprio, ser um autêntico individualista.
O Governo por sua vez, busca de toda forma lançar novas políticas "coletivistas".
A última investida foi o decreto presidencial 8243/2014.
O que ele prevê? A criação de conselhos para tomar decisões diretas sobre a sociedade, e o que parece ser super democrático, fere totalmente a lição fundamental da democracia onde uma pessoa, vale um voto!
Quem serão os conselheiros, que envolvimento terão com o governo? Nada disso foi explicado!
As pessoas em geral seguem muito felizes com as TVs de LCD colocadas na estante da casa, com o carnê logo ao lado e não prestam atenção no caminho que estamos trilhando.
Se as coisas acontecerem como o atual governo imaginava ao lançar esse novo decreto, será uma política coletivista visando o individualismo do partido no poder. Por muito tempo!

Por Marcelo Di Giuseppe

segunda-feira, 2 de junho de 2014

O que será que mudou?

Eu e o Futebol

Futebol para mim é uma religião!
Esperar pela 4ª feira a noite, a 5ª, sábado e domingo para assistir a um jogo, sempre foi uma obrigação com minha vontades.
Sempre achei que não tinha nenhum vício - bebidas, jogo, cigarro - mas descobri que o Futebol e suas particularidades eram a minha droga.

Eu e as Copas

Desde que chorei de soluçar ao ver o Brasil ser derrotado em pleno 04 de Julho de 82 no Estádio Sarriá na Espanha, não lembro de ter perdido um jogo de Copa do Mundo.
Alguns meses antes, me punha a fazer simulações de resultados em tabelas de jogos que vivia a pescar pelos comércios da cidade.
Por superstição, jamais assistia a um jogo do Brasil, uniformizado com a camisa verde e amarela e para quebrar essa tradição, resolvi assistir a final da Copa de 98 na França. Resultado: minha superstição estava correta!

Sonho ao vivo

Sempre sonhei em ir a uma Copa do Mundo. Aliás, ao final de toda Copa, lá estava eu fazendo contas e planejando minha viagem, que acaba indo por terra, ao perceber que trabalhar e estudar deveriam ser as minhas prioridades.

Copa no Brasil

Para quem respira futebol, nunca perdeu um jogo de Copa do Mundo e saber que os jogos seriam no Brasil, não haveria escapatória, dessa vez vai!
Mas alguma coisa mudou!

É a idade?

Começo a pensar se a minha descrença ou falta de vontade advém da minha idade - nem tão velho assim! - mas sendo marido e pai, as responsabilidades são outras.

É o Futebol?

Não sei também se a qualidade do futebol apresentado ultimamente é o que me distancia dos estádios e muitas vezes da TV.
Tenho comigo que os técnicos brasileiros estão tentando de tudo para acabar com o nosso futebol com a teoria de que vale muitos mais não perder, do que arrisca-se à vitória!
Hoje mais vale ser grande e forte do que baixo e habilidoso, mesmo tendo Messi e Neymar para quebrar esse dogma das equipes de base e profissionais do Brasil.

É a Política?

Me pego pensando se foi a forma que as coisas aconteceram para que a Copa ocorresse aqui no Brasil. Desorganização, corrupção, promessas do tal legado que jamais existirá, não sei.

Só sei...

A única coisa que sei que, há 10 dias da Copa do Mundo no Brasil, eu - viciado em futebol, com idade mais tranquila, vida profissional e financeira estabilizada - estou pensando mais em que restaurante levar minha esposa e filhos (eles não podem faltar!) no dia 12 de junho, do que ver a estréia do Brasil na Copa.

Por Marcelo Di Giuseppe