quarta-feira, 13 de maio de 2015

E os professores?

Em meio a uma greve um pouco forjada de professores da rede estadual, acabei emitindo minha opinião mais do que sincera e esbarrando nas contradições de uma classe que há muito tempo anda perdida pelas salas de aula.
A Apeoesp que tem como presidente a senhora Bebel coloca toda sua ideologia à frente de suas decisões e não tem vergonha de mostrar suas preferências eleitorais.
Em junho de 2013 deixou clara sua união com os tais black blocs que, naquela época, deterioravam o patrimônio público e privado e sem parcimônia, agredia pessoas comuns e policiais militares.
A greve de 2015 não atinge quase nenhuma escola, mas as avenidas e estradas, como hoje a entrada da cidade de Santos, tem seu trânsito interrompido por alguns que se consideram representantes de uma massa enorme e que em grande parte, pensa muito diferente dessa classe burguesa do sindicalismo.
O sindicalismo, por exemplo, há muito tempo perdeu a sua magia e quase nenhum empregado ou empregador confia mais em suas atitudes e pautas.
Não quero dizer que o sindicato deva deixar de existir, mas deve se reinventar!
Deixar de cobrar a contribuição sindical anual seria a demonstração de sua independência de leis retrógradas e mais, ficar distante de partidos e políticos, fariam desse novo sindicato, algo mais confiável, com maior credibilidade.
O mercado está ai para quem quiser buscar algo melhor para sua vida! Ficar no mesmo emprego, cruzando os braços e fazendo grave por melhores salários, é algo inimaginável em um mundo moderno, com tantas possibilidades.
A pergunta que não me sai da cabeça é: porque, entre a relação empregado e empregador, deve haver esse agente autóctone, o Estado?
As pessoas hoje têm total conhecimento de direitos e deveres, e sabem muito bem negociar o que é melhor para elas.
Vamos tomar como exemplo a simples contratação de um encanador para sua casa. Chame o encanador e veja se ele não é capaz de cobrar um valor considerável pela sua força de trabalho. Sem interferência do Estado, o encanador ficará as horas necessárias para resolver o problema de sua casa e cobrará o que ele acha prudente pelo serviço.
A vontade dele de cobrar mais, será eliminada pela necessidade de manter o seu cliente e o cliente se sentirá tentado a pagar menos, porém saberá que pode perder por esse excelente profissional em uma próxima visita!
Porque a simplificação do mercado não entra de vez na pauta brasileira?
Volto ao Governo que tem a sanha arrecadatória para custear um Estado cada vez mais inchado e os sindicatos, que vivem de contribuições obrigatórias.
Os professores, voltando à eles, deveriam buscar especialização e correr atrás de melhores condições de trabalho, pela negociação e não pelo sofrimento de pais e alunos, pagadores de impostos e consequentemente dos salários dos docentes que estão de braços cruzados.

Por Marcelo Di Giuseppe