quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

A unificação das polícias

Muitos pensadores brasileiros são a favor da unificação de todas as polícias e julgam que assim, todas as divergências entre a Polícia Militar, chamada em algumas regiões por Brigada Militar, e a Polícia Civil seriam superadas.

Primeiramente, devemos entender quais as funções de cada uma para entender até que ponto a sua união seria interessante e importante para o país.

De forma simplista, porém direta, as funções das polícias se dividem da seguinte forma:

A Polícia Militar exerce o policiamento ostensivo, fica a frente no combate à criminosos e por muitas vezes são chamados para resolver problemas sociais.

A Polícia Civil exerce a função investigativa.

Dessa forma, a união entre investigação da Civil e a execução da Militar, vivemos há muito tempo.

Em uma republicana onde o poder do Estado é dividido em esferas - federal, estadual e municipal - todos têm suas forças de segurança.

Os municípios criaram as Guardas Municipais com a atribuição de proteger os patrimônios públicos e o Governo Federal com a Polícia Federal também tem suas atribuições, porém em âmbito mais abrangente.

Obviamente que no meio dessa organização acabam ocorrendo conflitos em um processo, pois todos buscam por soluções e essas forças são composta por pessoas que têm suas vaidades e também cometem erros e excessos.

Minha preocupação porém, foca diretamente na ideia de unificar todas essas forças sob apenas um comando, o Governo Federal.

A população em geral não sabe mais tramita no Congresso Nacional e foi pauta na campanha da Presidente da República essa ideia que poderia em uma só assinatura colocar o Brasil de joelhos para o governo central.

Imaginem um país onde o poder já é tão centralizado nas mãos do Presidente da República, se toda a segurança estiver no gabinete ao lado, podendo ser liderado por alguém com uma ideologia maluca.

Todos países que são exemplos de ditaduras socialistas vivem assim, a Venezuela é desses exemplos.

Vamos apoiar nossas polícias que são diariamente massacradas por jornalistas que ao primeiro susto não titubeiam em ligar 190.

Por Marcelo Di Giuseppe

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Quem é que vai pagar por isso?

Nos últimos dias as TVs e principalmente a TV Globo vêm mostrando com veemência os problemas do sistema de saúde pública do Brasil.
O soneto de uma nota só, dizer que o grande problema do SUS é a falta de recursos, chega a ser cansativo e me parece que tenta nos trazer a imagem de que, se todos nós pagarmos um pouquinho mais de impostos, tudo ficará do jeito que sempre sonhamos.
Querer esconder essa verdade absoluta, a falta de dinheiro para gerir esses sistema, seria desonesto, mas taxar um pouco mais as pessoas sem antes vedar buracos imensos nas gestões municipais, estaduais e federal, é mais desonesto ainda.
Conheci de perto o sistema de saúde cubano e não é nada da maravilha tão propalada por amantes daquela ditadura, muito pelo contrário! O único fator favorável àquele sistema é o fato de produzir muitos médicos e esses não terem o poder de escolha em que lugar ou país trabalhar.
De resto, nossos sistema é muito melhor e mais completo que o sistema "exemplar" de Cuba.
Quando faço essa defesa, até parece que sou um defensor do SUS. Na verdade, já fui! Hoje não sou mais, pois vivi por alguns anos como gestor em uma cidade e percebi que os obstáculos são intransponíveis e que jamais conseguiremos dar conta de atender a toda população da forma mais eficaz possível.
Começamos pelos profissionais médicos que por sua pouca quantidade acabam tendo o poder de decidir onde e quando trabalhar e mais, como trabalhar!
Investigações sobre médicos que não cumprem o plantão recebido virou sistemático e a falta de punição dos maus profissionais, mais sistemática ainda. Afinal, o importante é ter o médico no plantão!
Falando dos outros profissionais, acabamos por estar diante de um problema que não foi criado por eles, mas que acaba de certa forma, impedindo a melhoria da qualidade: a estabilidade no cargo público, a impossibilidade de colocar regras motivacionais, meritocracia, tudo o que as empresas privadas já realizam há mais de décadas! Temos então: servidores mau remunerados, desmotivados e com pouca vontade de melhorar.
E a qualidade dos gestores? Sim, temos um outro sério problema e sem solução. Temos dois extremos, o gestor técnico que entende que todo investimento deve ser feito para entregar a melhor saúde possível, olvidando que existe uma peça orçamentária que deve ser respeitada e temos o gestor político, que pouco se preocupa com os resultados técnicos e toma as decisões de acordo com os interesses políticos da cidade, também se preocupando pouco com a peça orçamentária. Enfim, poucas são as exceções, onde conseguimos em um só profissional, qualidade técnica e habilidade política.
Por fim, temos uma população pouco educada que busca o serviço de emergência sem necessidade, bebe, fuma, não faz exercícios físicos regularmente e acaba tendo sua vida de qualidade encurtada, aumentando a necessidade de mais atenção, sem contar o envelhecimento de nossa população.
Sim, meu olhar é muito pessimista e acabo atraindo muitas críticas por pensar dessa forma, mas sempre justifico, ponto a ponto, e poucos conseguem realizar o contraponto.
Não poderia faltar nessa análise o subfinanciamento do SUS, mas não posso deixar de citar que possuímos um grande número de profissionais burocráticos nessas pastas, empresas públicas (Hemobrás, por exemplo!), que acabam usufruindo da mesma verba e faltando para o projeto fim - cuidar da saúde do povo brasileiro.
Com isso, antes de criar um novo imposto, muita coisa deve ser feita e quem sabe assumir que o público não tem a competência necessária de atender aos anseios de 200 milhões de habitantes.

Por Marcelo Di Giuseppe


 

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

A hora e a vez da Argentina

O Cristo Rendentor em 2009 decolou na capa da The Economist com a seguinte frase: Brazil takes off (Brasil decola).
Esse carinho todo dado pela revista inglesa centenária não passava de uma leitura muito mal feita da felicidade momentânea em o país passava com muito consumo e pouca preocupação com os anos que viriam.
Mais tarde, em 2013, a revista quis se redimir com uma nova capa, mostrando o Cristo em plena queda!
Se a mídia nacional e estrangeira demorou tanto para perceber que não existe almoço grátis, que uma hora a conta chega, que os governos devem que ser tratados com muita prudência e responsabilidade, para mim e para outros analistas, a certeza do fracasso era certa, bastava o tempo.
Nunca torci pelo fracasso, pois estou nesse mesmo avião, mas entristece ver quantos "intelectuais" e "inteligetinhos" como diria Pondé, ficam ainda defendendo o modelo desenvolvimentista.
Como aceitar com tranquilidade que todo a nossa magnitude seja ultrapassada por um país com dimensões, em todos os sentidos, menores que os nossos?
Pois é isso que o mundo começa a fazer! Olhar com mais carinho para a Argentina, buscar mais negócios, investir mais nesse país.
Tudo isso está ocorrendo, pois nota-se que a sua frente, um novo presidente que pretende deixar com que o indivíduo seja mais importante do que o Estado e a soma dos primeiros tornem o segundo muito maior, está fazendo a diferença.
A saída para o Brasil ainda é uma incógnita, mas a ascensão nas universidades e na mídia de pessoas que acreditam que apenas o governo poderá salvar-nos dessa situação, dificultará e atrasará ainda mais o caminho menos tortuoso.
Todos temos que nos doar um pouco mais ao nosso país, começando por nossa cidade, nossa rua, calçada, etc. e parar de esperar que a solução mágica venha de uma canetada de Brasília.

Por Marcelo Di Giuseppe

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

2016 o ano em que amor deverá vencer a guerra

Infelizmente todos os dias nos deparamos com notícias horríveis na mídia como um todo.
Desde a criação dos homens, o sentimento de vingança e ódio movimenta as atenções da sociedade. Porém, começamos a notar grupos de pessoas que não se preocupam mais em saber as notícias passadas pelos meios de comunicação, deixando para a sua própria vontade e necessidade, buscar o que lhe interessa.
Se tiver interesse em conhecer mais sobre o assalto realizado um caixa eletrônico de uma instituição bancária por exemplo, ela buscará na internet. Nada de aceitar passivamente as notícias passadas e repassadas pelos grandes grupos de TV, rádio ou jornal.
Não faço parte desse grupo, muito pelo contrário. Sofro de uma doença pouco conhecida mas que aflige à muitos seres humanos: o vício por notícias e conhecimento.
Saber de algo novo e primeiro me traz a satisfação de um cigarro para um fumante. Mas venho a cada dia que passa, percebendo que meu desgaste físico e mental só aumenta.
Para ajudar a potencialização desse meu martírio pessoal, faço comentarista semanal de um jornal de uma rádio na cidade de Santos, a 102.1. Resumindo: além de querer mais notícias, tenho a obrigação de tecnicamente explicar e elucidar essas mesmas notícias aos ouvintes que não têm a mesma especialização que a minha.
Mesmo com tudo isso, o meu desejo é que o ano de 2016 seja de mais amor, mais compreensão e menos ódio nas pessoas.
A radicalização dos discursos, sectarismo de opiniões não traz bons resultados.
Que seja um ano de muita luz e pouco calor!

Por Marcelo Di Giuseppe